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domingo, 22 de setembro de 2013

Chimpanzé 'gênia' comprova que inteligência varia entre primatas

O nível de inteligência de um macaco para o outro varia da mesma forma como acontece com os seres humanos, aponta um novo estudo conduzido com 129 chimpanzés e bonobos na África e na Alemanha.
Os resultados estão publicados esta semana na revista científica "Philosophical Transactions of the Royal Society B".
Chimpanzé Natasha (Foto: Esther Herrmann/MPI EVAN)
Chimpanzé Natasha é a mais inteligente entre 129 macacos avaliados (Foto: Esther Herrmann/MPI EVAN)





Ao ter um ótimo desempenho em testes de comunicação, a fêmea Natasha, que vive em um santuário na Ilha de Ngamba, em Uganda, foi considerada "gênia" pelos pesquisadores. Ela também é capaz de escapar da jaula e brincar com seus tratadores.
Segundo a bióloga e principal autora, Esther Herrmann, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, na Alemanha, Natasha é realmente muito melhor que os demais integrantes da espécie.
Os animais estudados – 106 chimpanzés de Uganda e do santuário Tchimpounga, no Congo, e 23 chimpanzés e bonobos da Alemanha – passaram por uma bateria de exames físicos e sociais.
Em um trabalho anterior, Esther e colegas já haviam comparado as habilidades desses macacos com as de crianças humanas. Foi então que surgiu a ideia de criar um tipo de "teste de QI" para medir a inteligência dos primatas de forma mais efetiva.
Mas a cientista destaca, porém, que não foi encontrado nenhum fator geral de inteligência que pudesse prever a performance dos participantes em todas as áreas – algo que poderá ser padronizado no futuro, com a inclusão de novos desafios. O que se encontrou, porém, foi uma grande variação entre os indivíduos, e Natasha foi considerada "excelente".
Experiências realizadas
Em um dos experimentos, os macacos foram convidados a encontrar comida em um recipiente, após ele ser misturado a potes vazios. Em outro, as cobaias tinham que usar uma vara para obter alimentos colocados em uma plataforma elevada.
No geral, os chimpanzés se mostraram bons em uma área, como testes que exigem o uso criativo de ferramentas, e não necessariamente habilidosos em outras, como copiar as ações de alguém para receber uma recompensa.
Segundo a bióloga, não há nenhum fator externo na vida de Natasha, como um cuidado extra, por exemplo, que explique como ela se tornou tão esperta. Esther atribui a inteligência dela a fatores como motivação e temperamento próprios – o que deve ser analisado daqui para frente.
De acordo com Esther, novas pesquisas sobre Natasha e futuros chimpanzés "gênios" poderão revelar fatores sociais ou genéticos que esclareçam essa pontuação maior em relação aos outros da mesma espécie.
FONTE: G1.globo.com

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